Vladimir Putin acusa o Ocidente de "semear o conflito" pelo mundo e que a ideia da Rússia querer atacar a Europa "é um disparate".
Num discurso do Estado da nação russa a querer "apontar para o futuro", o Presidente russo acusou o bloco Ocidental de "trazer discórdia" e tentar "uma corrida às armas" para cansar e exaustar o país.
Expressa, ainda, que o Ocidente está a selecionar alvos para ataques no país, contudo avisa que "eles têm de perceber que também temos armas para atingir alvos no território deles".
" Querem fazer o que fizeram em muitas outras regiões. Eles falharam, isso é evidente", refere, no discurso.
O chefe de Estado da Rússia garante que "população manifesta um apoio claro" à guerra contra a Ucrânia e interrompeu o discurso para um minuto de silêncio em honra dos "heróis" que combatem em território ucraniano.
"Eu quero agradecer empresários trabalhadores que trabalham para os interesses da Rússia. Os negócios russos enviaram milhões de rubles a organizações que apoiam os nossos militares e as suas famílias", disse.
Assinalando que se está prestes a assinalar dez anos desde a anexação da Crimeia, que descreve como "a lendária primavera russa", Vladimir Putin promete "acabar com a guerra na Ucrânia, eliminar o nazismo e defender a soberania e segurança" do país. No entanto, rejeita um acordo de paz que não inclua o interesse nacional russo.
O Presidente russo acusa, ainda, o Ocidente de selecionar alvos para ataques no país, contudo avisa que "eles têm de perceber que também temos armas para atingir alvos no território deles".
Putin lamenta, igualmente, a russofobia que "cega pessoas" pelo mundo Ocidental e aponta que "sem uma Rússia estável, não há uma paz sólida no mundo".
Virando, de seguida, a sua intervenção para o panorama interno, o chefe de Estado reconhece que há famílias a receber rendimentos baixos e existe um decréscimo da taxa de natalidade do país.
"Grandes famílias têm de se tornar a norma. Nos próximos seis anos temos de ter natalidade sustentável", afirma.