O Ministério dos Negócios Estrangeiros desmente a notícia avançada pelo “El País”, segundo a qual Portugal seria o único país da União Europeia que se opôs a sanções contra a Venezuela.
“A informação hoje veiculada pelo jornal não é verdadeira. Portugal não se opôs, no seio da União Europeia, à aplicação de sanções à Venezuela, pela simples razão de que essa questão não foi ainda discutida entre os Estados-membros da UE”, pode ler-se no comunicado enviado à redacção.
O gabinete de Augusto Santos Silva lembra que “Portugal tem participado activamente na formação do consenso necessário à definição da posição da União Europeia sobre a Venezuela, tal como resulta, designadamente, das conclusões aprovadas no Conselho de Negócios Estrangeiros de 15 de Maio”.
O mesmo texto termina lembrando que a UE, e com ela Portugal, “têm feito tudo o que está ao seu alcance para favorecer uma solução política inclusiva na Venezuela, respeitadora do Estado de Direito, do pluralismo político e do princípio de resolução pacífica dos diferendos”.
Desde Abril, altura em que a oposição venezuelana convocou a “mãe de todas as marchas”, para contestar a anulação de funções do parlamento (onde a oposição tem maioria) por parte do Supremo Tribunal e a actuação do Governo de Maduro, iniciou-se uma vaga de protestos nas ruas que já levou à morte de 96 pessoas. Uma nova acção de contestação está agendada para esta quinta-feira.
Após o referendo simbólico às eleições para a assembleia constituinte (com que o presidente venezuelano quer substituir o parlamento livremente eleito) a oposição quer parar o país por 24 horas.