O Papa Francisco enviou um telegrama ao Presidente da Republica Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, onde manifesta proximidade e lamenta o ataque ao campo de deslocados Plaine Savo, em Ituri, que vitimou 62 pessoas, entre elas 17 crianças.
“Sua santidade pede ao Pai toda a misericórdia e que acolha na sua paz e na sua luz, os mortos, e dê conforto aos que lamentam a sua perda”, pode ler-se no telegrama, divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé e assinado pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de estado do Vaticano.
Um ataque, atribuído à milícia Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo (Codeco), foi cometido no dia 1 de fevereiro, no campo de deslocados Plaine Savo, em Ituri, no nordeste da Republica Democrática do Congo, e vitimou 62 pessoas, segundo informação das autoridades locais.
O Papa Francisco “condena fortemente” os atos “bárbaros”, causadores “de grande sofrimento e desolação no país”.
“Imploro os divinos dons de cura e consolo para os feridos e enlutados, a quem manifesta a sua proximidade espiritual e profunda simpatia. Que o próprio Senhor dê coragem e força às famílias com problemas e a todas as pessoas que ajudam a aliviar a vítimas”, pode ler-se.
O texto expressa ainda o desejo de paz para a região e apresenta a “bênção a todos os povos congoleses”.
O Conselho Norueguês para Refugiados disse em comunicado que o campo de Plaine Savo abriga “mais de 24.000 pessoas que fugiram da violência no território de Djugu em 2019”, região que acolhe os refugiados expulsos das suas casas em ataques anteriores.
Barómetro de Segurança do Kivu registou em oito dias a morte de 123 civis na mesma região, incluindo em campos de deslocados internos.