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O antigo ministro Bagão Félix está a passar férias em Nice e conta à Renascença que minutos antes do atentado desta quinta-feira à noite tinha passado pelo local do ataque.
Bagão Félix terminou o jantar com a mulher e regressou a pé até ao hotel onde se encontra alojado. Nas ruas da cidade estavam milhares de pessoas para celebrar o feriado nacional da tomada da Bastilha.
“É um dia muito festivo em França. Aqui Promenade des Anglais, uma avenida muita extensa, fomos a pé, jantámos relativamente perto do sítio onde se deu esta tragédia. Quando vínhamos para o hotel a pé, havia muita gente, estava completamente lotada, não só a praia, como os passeios largos e as zonas onde circulam os automóveis que estavam vedadas ao trânsito para as pessoas, com as suas famílias e as crianças”, descreve o antigo ministro.
“Houve fogo-de-artifício. Depois passámos pela zona onde se deu a trágica situação dez minutos ou um quarto de hora. E quando chegámos aqui ao hotel verificámos que tinha havido um grande problema”, relata Bagão Félix.
“Além das mortes e dos feridos que nestas situações tragicamente acontecem, o objectivo é gerar o medo e um medo absolutamente generalizado. Hoje, a sensação que nós temos é que não estamos bem em nenhum lado. Esse carácter indiscriminado e não orientado é absolutamente” brutal do ponto de vista da angústia que gera”, lamenta o antigo ministro das Finanças e da Segurança Social.