A greve dos tripulantes de cabine da Easyjet cancelou, este sábado, 78 voos.
Os trabalhadores cumprem este sábado o último dia de protestos e estão concentrados desde manhã cedo em frente aos aeroportos nacionais.
Ricardo Penarroias, do sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, dá conta, à Renascença, desses cancelamentos e explica que "apenas se estão a realizar os voos de serviços mínimos, decretados pelo Ministério". "Em Faro foram 12 voos cancelados, em Lisboa foram 40 voos cancelados e no Porto foram 26 voos cancelados", enumera.
Os trabalhadores contestam aquilo que dizem ser o tratamento desigual da companhia para com os trabalhadores portugueses a quem paga menos que a trabalhaores das mesmas funções noutros países.
Desta forma, a adesão à greve na Easyjet ronda os cem por cento, garante o sindicato.
Os tripulantes de cabine da easyJet cumprem hoje o quinto e último dia de uma greve que teve início em 26 de maio e se prolongou por este mês, num total de cinco dias, acusando a transportadora de "precarização e discriminação" face aos outros países.
Ao longo desta paralisação, os níveis de adesão reportados pela empresa têm sido distintos e inferiores aos referidos pelos dirigentes sindicais nos dias de greve já cumpridos.
No dia 11 de maio, em comunicado, SNPVAC disse que a easyJet continua a considerar os tripulantes das bases portuguesas "trabalhadores menores", perpetuando a sua "precarização e discriminação relativamente aos colegas de outros países".
A greve dos tripulantes de cabine da easyJet teve início em 26 de maio, tendo-se repetido nos dias 28 e 30 de maio e 01 e 03 de junho.
A paralisação abrange todos os voos realizados pela easyJet, bem como os "demais serviços a que os tripulantes de cabine estão adstritos", cujas "horas de apresentação ocorram em território nacional com início às 00h01 e fim às 24h00 de cada um dos dias" mencionados, lê-se no pré-aviso de greve, divulgado pelo sindicato.
Quando a paralisação foi marcada, a easyJet disse ter ficado "extremamente desapontada" com a convocação da greve, considerando a proposta do sindicato de aumentos entre os 63% e os 103% "impraticável", e anunciou que ia fazer alterações nos voos antes da greve, para mitigar o impacto nos clientes.