“TAP não é um Novo Banco”, diz ministro Pedro Nuno Santos
04-11-2020 - 19:59
 • Renascença, com Lusa

O ministro das Infraestruturas revelou que a TAP está a abandonar encomendas que já estavam feitas e a "negociar a devolução de alguns aviões".

A TAP não é um Novo Banco e a situação não é comparável, defendeu esta quarta-feira, no Parlamento, o ministro das Infraestruturas e Habitação Pedro Nuno Santos.

"A TAP custa muito dinheiro. Não é um Novo Banco porque o Novo Banco não é público e nós não estamos lá", afirmou o governante, no debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2021.

Pedro Nuno Santos disse aos deputados que quando for conhecido o plano de reestruturação da companhia aérea “vai estar a previsão de quando atingimos o 'break-even' e quando pode começar a devolver ao Estado" a ajuda de 1.200 milhões de euros.

O ministro das Infraestruturas revelou que a TAP está a abandonar encomendas que já estavam feitas e a "negociar a devolução de alguns aviões".

"Não estamos a receber nenhum avião novo, antes pelo contrário, nós abandonámos as encomendas que já estavam feitas e estamos a negociar a devolução de alguns aviões", afirmou o governante no parlamento, quando questionado pelo deputado do PSD Cristóvão Norte sobre a TAP continuava a receber aviões.

o ministro referiu que a TAP recebeu um avião que já estava pago, já há alguns meses, mas reiterou que "a empresa está a reduzir a frota".

O governante referiu que a autorização que foi feita por Bruxelas foi uma injeção "para garantir liquidez da tesouraria da empresa até final do ano" e que, até essa altura, "a TAP tem de desenvolver um plano de reestruturação que garanta à Comissão Europeia a viabilidade para os próximos 10 anos".

É no quadro "desse plano de reestruturação, onde vão estar elencadas um conjunto de medidas de reestruturação que vão ter de ser feitas sobre quais são as necessidades em termos de injeção adicional e, por isso, é só nesse momento e na negociação com a Comissão Europeia que vamos conseguir identificar o valor que é necessário para promover a recuperação da empresa", explicou, em resposta ao PSD.

"Estes 1.200 milhões de euros são uma injeção de emergência para garantir que a companhia continua a operar enquanto o plano de reestruturação é desenhado", salientou Pedro Nuno Santos.

"Estamos a poucas semanas" do plano de reestruturação, disse.