No ano passado, morreram nas estradas nacionais 675 pessoas. São mais 73 vítimas mortais, face a 2017.
As contas definitivas foram publicadas no relatório sobre os mortos a 30 dias, ou seja, as vítimas de acidentes rodoviários que entram nos hospitais como feridos, mas que acabam por morrer num período até 30 dias após o acidente.
Nesse período, o ano passado morreram mais 167 pessoas: 146 que estavam em estado grave e 21 que entraram nos hospitais como feridos ligeiros.
No total, 2018 fica com o registo final de 675 vítimas mortais. São mais 73 do que em 2017, o que representa um aumento de 12% e o pior resultado desde 2012.
De acordo com os dados publicados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), em 2018 foram registados 34.200 acidentes rodoviários com vítimas, de que resultaram ainda 1.995 feridos graves e mais de 41 mil feridos ligeiros.
Quais os principais problemas?
Sobre as causas, os dados da ANSR dizem que as colisões foram as situações que mais vítimas provocaram, seguido dos despistes e atropelamentos.
Neste capítulo confirmam-se os problemas já sinalizados, como é o caso das motos (que fizeram 145 mortos), do atropelamento de peões (que tem um aumento de 23%) e matou 156 pessoas e, ainda, das bicicletas, um setor em que morreram 24 pessoas.
Foi nos chamados arruamentos – ruas dentro das localidades - que ocorreram 62% dos acidentes e foi lá que se registaram 37% dos mortos e 47% dos feridos graves.
O grupo etário mais representativo em termos de vítimas fatais, foi o dos utentes com idade igual ou superior a 65 anos (33,4%).
Como está a correr 2019?
Os dados ainda provisórios, que existem até 21 de agosto, revelam uma tendência de redução em quase todos os parâmetros.
Desde logo, o número de vítimas mortais que este ano já são 296, ainda assim, menos 17 do que em igual período do ano passado.
Há também uma descida ligeira no número de acidentes, que este ano já são quase 83 mil.