O fogo de Monchique voltou a complicar-se esta segunda-feira à tarde, o número de feridos aumentou e as atenções estão agora centradas na aldeia de Fóia, barragem de Odelouca e sítio da Cascalheira.
O balanço foi feito pelo comandante Abel Gomes, da Proteção Civil, em conferência de imprensa realizada ao final da tarde.
Desde que o incêndio deflagrou, na sexta-feira, 66 pessoas foram assistidas, mais 21 em relação ao balanço manhã, e 29 feridos, mais quatro em relação ao último “briefing”. Estes quatro feridos são leves.
Durante a tarde foram evacuadas as aldeias de Fóia e Cascalheira e a zona da barragem de Odelouca, refere o comandante Abel Gomes.
A combater as chamas estão 1.105 operacionais, apoiados por 341 veículos.
"A situação continua complexa. Vai ser uma noite muito dura de muito trabalho para tentarmos levar a efeito o plano de ação e debelar este incêndio”, adianta o responsável.
A meteorologia "não vai estar favorável" ao combate às chamas. As temperaturas na zona de Monchique vão continuar altas e humidade relativa vai continuar baixa.
“Conforme disse de manhã, existiam zonas muito sensíveis, pontos quentes, que não estavam perfeitamente consolidadas, os quais face à meteorologia, que continua também ela adversa, para quem tem de combater este incêndio, reativaram e com grande intensidade. A situação infelizmente alterou-se. Tínhamos uma situação mais favorável, registaram-se várias projeções as quais tiveram um comportamento violento criando grandes dimensões de imediato”, explica o comandante Abel Gomes.
Questionado pelos jornalistas, o responsável disse não ter conhecimento de pessoas desaparecidas.