PCP e PEV defendem investimento no SNS e elogiam profissionais de saúde
16-09-2021 - 21:12
 • Lusa

O PCP aponta que Portugal se encontra "numa nova fase" da pandemia, defendendo não haver razões para manter as restrições à atividade normal da população. Em declarações no parlamento, o PEV defende o investimento público, tecendo ainda agradecimentos aos profissionais de saúde.

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O PCP e ‘Os Verdes’ insistiram, esta quinta-feira, na necessidade de investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS), num momento em que o país está numa nova fase de combate à pandemia, enaltecendo o trabalho dos profissionais de saúde.

Em declarações aos jornalistas no Infarmed, em Lisboa, após a reunião que juntou, esta quinta-feira e pela 23ª vez, epidemiologistas e políticos sobre a evolução da Covid-19 em Portugal, Jorge Pires, membro da Comissão Política do PCP, apontou que o país está numa “nova fase”.

“O que ouvimos aqui na reunião da parte dos especialistas sobre a evolução da epidemia confirma uma ideia que já temos há algum tempo: é que neste momento não há razões nenhumas para manter as restrições à atividade normal dos portugueses, à atividade normal do país”, sustentou.

Para o dirigente comunista, “é hora de reforçar o Serviço Nacional de Saúde para que ele assuma as responsabilidades que tem no tratamento da doença, na recuperação dos atrasos” sendo para isso fundamental, “tal como o PCP tem vindo a defender, que se reforce o SNS”.

Jorge Pires advogou que não basta reforçar o número de profissionais, é preciso valorizar as pessoas “profissionalmente” e “salarialmente”, para que se mantenham no SNS.

O comunista fez ainda questão de deixar um último apontamento de elogio ao trabalho destes profissionais no combate à pandemia.

“Muitos elogios à estrutura que acompanhou o processo de vacinação, muitos elogios ao ministério da saúde, à Direção-Geral da Saúde, à pessoa que coordenou a ‘task force’ do processo e ninguém se lembrava de dizer uma coisa que é fundamental: é que sem os profissionais de saúde o processo de vacinação não teria avançado como avançou”, ressalvou.

Jorge Pires acrescentou que estas pessoas “foram o elo de todo este processo” e que agora “não podem ser esquecidas, porque são elas que agora vão ficar com a responsabilidade de continuar a trabalhar, muitos deles não gozaram férias, vão ter de continuar a trabalhar para resolver os problemas que naturalmente estão colocados ao SNS”.

Em declarações à Lusa no parlamento, a deputada do Partido Ecologista 'Os Verdes' (PEV) Mariana Silva também defendeu o investimento público.

“Estamos a caminhar para uma fase mais leve, mas esta fase leve tem que ter em consideração tudo aquilo que aprendemos até agora. E o que aprendemos até agora é que é preciso reforçar estes serviços públicos a que todos recorremos e que todos precisamos que sejam reforçados, para que possamos, de alguma forma, prevenirmo-nos nesta pandemia e em pandemias futuras, porque não sabemos qual será a próxima”, sustentou.

Para os Verdes, continua a ser necessário investimento na educação – “para ter mais assistentes operacionais, para a higienização dos espaços e até para o apoio aos jovens, aos estudantes” – sendo também “crucial que se invista no SNS”.

Mariana Silva alertou ainda para a prevenção e investimento na saúde mental.

“E isso também consideramos que no Orçamento do Estado que ainda está em vigor é possível fazer-se, com o PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] é possível fazer-se, e estes investimentos passam sobretudo para prevenir e para colmatar algumas das dificuldades a que vamos assistindo (…)”, aditou.

Por fim, a deputada quis agradecer também aos profissionais de saúde.

“Agradecer a todos os profissionais de saúde que se empenharam desde o início, desde quando nós não sabíamos o que é que era a pandemia até à vacinação, impedidos muitas vezes de poder conviver com as suas famílias porque trabalhavam nos seus centros de saúde, nos hospitais e nos fins de semana ou ao fim do dia iam para os centros de vacinação”, disse.