As contas dos hospitais empresa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) agravaram-se no primeiro semestre do ano face ao mesmo período de 2015.
Os dados são da Administração Central dos Sistemas de Saúde, segundo a qual os custos subiram – em parte, com a reposição de salários – a dívida total cresceu mais de 15% e o atraso no pagamento a fornecedores aumentou 33%.
Os custos agravaram-se em 48 milhões, estando agora nos 142 milhões negativos: destacam-se os aumentos com as horas extra e suplementos (7,2%), os custos com pessoal (4,9%) e com fornecedores de serviços externos (4,3%).
Só com os aumentos com horas extra e
suplementos, sobretudo aos médicos, são 768 mil euros por dia, no primeiro semestre do ano.
Com mais despesa e o mesmo financiamento, os défices das unidades hospitalares agravam-se.
Quanto à dívida total dos hospitais cresceu 194 milhões de euros e está agora nos 1,45 mil milhões. Quem sofre são os fornecedores externos, cujos pagamentos em atraso aumentaram 168 milhões de euros.
Só os hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo têm 430 milhões de euros de pagamentos em atraso, de um total de 681 milhões.
Aos jornais desta quarta-feira de manhã, a tutela garante que está tudo em linha com o programado e assegura que o fornecimento de bens e serviços ao SNS não está em risco.
A Renascença pediu um comentário ao Ministério da Saúde que promete divulgar um comunicado sobre o assunto nas próximas horas. Ao que tudo indica, o ministro Adalberto Campos Fernandes vai garantir que o Orçamento da saúde está controlado e as notícias da derrapagem são exageradas.