A Câmara da Guarda já foi notificada do encerramento da Escola EB de São Miguel e está a adaptar os transportes para assegurar o acesso dos alunos ao estabelecimento que vão passar a frequentar.
O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Sérgio Costa (Movimento pela Guarda), confirmou esta quinta-feira que a autarquia recebeu a notificação do Ministério da Educação a decretar que a escola, frequentada por 100 alunos, encerra no dia 31.
A autarquia já promoveu uma reunião com os pais para "saber das necessidades relativas a transporte" para os alunos acederem à Escola Carolina Beatriz Ângelo, onde vão ser colocados os estudantes que frequentavam a Escola EB de São Miguel.
O autarca ressalvou que a decisão de colocar os alunos na Escola Carolina Beatriz Ângelo é "da exclusiva responsabilidade" da direção do Agrupamento de Escolas da Sé.
Sérgio Costa explicou que para além de estar a "agilizar" os transportes, a Câmara quis assegurar "a continuidade das turmas" e isso "foi conseguido junto do Ministério da Educação". .
Foi ainda transmitido à autarquia que "os alunos que não queiram ficar na Escola Carolina Beatriz Ângelo podem pedir transferência para outro estabelecimento a partir do dia 01 de setembro", sublinhou Sérgio Costa.
O autarca realçou que o executivo "se tinha manifestado disponível para fazer a transferência dos alunos de forma precoce e não deixar para a última hora".
"O Agrupamento decidiu esperar pela decisão da tutela. Deixou matricular os alunos", apontou.
Como explicou Sérgio Costa, o encerramento da Escola decorre da Carta Educativa aprovada em junho pelo Conselho Municipal de Educação e pela Assembleia Municipal.
O autarca não revelou qual será o futuro das instalações da escola, que ficarão sob a alçada da Câmara a partir do dia 01 de setembro.
O presidente da Câmara da Guarda deu estas explicações aos jornalistas à margem da reunião do executivo municipal realizada hoje.
Na sessão foi aprovado mais um procedimento com vista à aquisição de cinco novos autocarros. O ponto mereceu críticas por parte do vereador do PSD Carlos Chaves Monteiro que discorda da forma de pagamento.
Carlos Chaves Monteiro disse entender que o município tem "meios financeiros próprios para fazer estas aquisições", em vez de optar por "regime "leasing", "que custam à vontade mais 300 mil euros".
O presidente da Câmara argumentou que "o município não pode despender de um milhão de euros de imediato para comprar autocarros. Ao hipotecarmos a nossa tesouraria com um milhão de euros, outras coisas ficavam para trás", justificou.
A vereadora do PS Adelaide Campos chamou à atenção para a necessidade de se alterar a manutenção dos espaços verdes que considerou estar a ser mal feita, tendo em conta as atuais exigências climáticas.
"É uma má estratégia. Gasta-se muito dinheiro em mudar flores quase mensalmente e gasta-se muita água".