A CDU quer que a Câmara do Porto ou o Ministério da Cultura tomem posse administrativa do centro comercial STOP, garantindo a realização de "obras mínimas" e encontrando uma solução de gestão que inclua os representantes dos músicos.
Na proposta, a que a Lusa teve hoje acesso, a vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, lembra que o centro comercial STOP, situado na Rua do Heroísmo, funciona há mais de 20 anos como espaço cultural e que diversas frações dos seus pisos são usadas como salas de ensaio ou estúdios por vários artistas.
"O espaço cultural que atualmente o STOP é, com mais de 500 utilizadores, sendo que mais de 90% são músicos, constitui uma mais-valia para o Porto", salienta a vereadora.
Destacando a "grande preocupação" com o futuro daquele espaço e das centenas de artistas que ali trabalham, a vereadora quer que a Câmara do Porto e/ou o Ministério da Cultura tomem posse administrativa do STOP para "garantir a realização de obras mínimas, visando melhorar as condições de segurança e conforto".
"O Porto não pode perder um espaço com estas características, quer pelo impacto negativo que isso teria na vida das pessoas que o utilizam, quer pela machadada que tal representaria na vida cultural da cidade e da região", nota Ilda Figueiredo.
No documento, que será apresentado ao executivo municipal na reunião de segunda-feira, a vereadora propõe que se realize as obras "por piso", assegurando se necessário um lugar alternativo temporário onde possam continuar as atividades afetadas.
Outra das sugestões da CDU passa por encontrar uma "solução de gestão" para o STOP que inclua os representantes dos músicos, mas também "garanta as condições atuais de alojamento, designadamente as rendas".
De acordo com o Jornal de Notícias (JN), o centro comercial Stop "tem problemas estruturais, que "comprometem a segurança do edifício e de quem o frequenta", segundo um diagnóstico feito pela autarquia.
A Câmara do Porto deu um prazo para "apresentação do projeto de especialidades no processo de licenciamento", tendo em vista a resolução daqueles problemas, referiu o diário, acrescentando que os músicos que ocupam a maior parte das salas temem o encerramento.
Ao JN, o líder da Associação dos Músicos do Stop, Rui Guerra, o prazo dado pelo município termina no domingo.