A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, lamenta a morte de dois militares e defende a extinção dos Comandos.
"Reconhecer a tragédia exige extinguir o batalhão de Comandos", sublinhou Catarina Martins, que falava em conferência de imprensa no final de uma reunião da Mesa Nacional do Bloco, órgão máximo entre convenções do partido, em Lisboa.
A bloquista lembrou que os Comandos estiveram extintos entre 1993 e 2002, tendo sido reactivados quando Paulo Portas foi ministro da Defesa.
"Em 1993 acabou-se com o regimento de Comandos. E bem", sustentou a coordenadora do BE, que acrescentou que esta força "não responde a uma necessidade específica hoje" na democracia portuguesa e tem sido permanentemente marcada "pela tragédia".
"É necessário que, reconhecendo a tragédia, se acabe com o batalhão de Comandos, que não devia ter sido reactivado em 2002", insistiu.
Este sábado o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse que não estava em causa a extinção desta força.
O segundo militar dos comandos que estava internado no hospital em estado muito grave morreu hoje, depois de problemas ocorridos durante o 127.º curso de Comandos do exército.
O militar em causa é Dylan Araújo da Silva e encontrava-se internado no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, desde o dia 6 de Setembro, devido a complicações hepáticas.