ONU alarmada com "níveis extremos de violência" de colonos israelitas na Palestina
28-06-2023 - 07:29
 • Lusa

Grande número de colonos, muitos armados, têm atacado sistematicamente aldeias palestinianas, nalguns casos com o apoio das forças de segurança israelitas.

O coordenador especial da ONU para o Médio Oriente, Tor Wennesland, disse na terça-feira estar "particularmente alarmado" com os "níveis extremos de violência dos colonos" israelitas contra aldeias palestinianas, por vezes com apoio das forças de segurança de Israel.

Numa reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a situação na Palestina, Wennesland indicou que grande número de colonos, muitos deles armados, têm atacado sistematicamente aldeias palestinianas, aterrorizando as comunidades locais, com o apoio das forças de segurança israelitas em alguns casos.

"Israel, como potência ocupante, tem a obrigação de proteger os palestinianos e as suas propriedades nos territórios palestinianos ocupados e de garantir investigações imediatas, independentes, imparciais e transparentes a todos os atos de violência. (...) A violência deve parar e todos os perpetradores devem ser responsabilizados", instou.

CS pede "redução da escalada" na Cisjordânia

O Conselho de Segurança da ONU apelou ao fim de “ações unilaterais que possam inflamar tensões” na Cisjordânia ocupada e a uma “redução da escalada”, após confrontos entre israelitas e palestinianos que já causaram dezenas de mortes de civis.

Num comunicado adotado pelos seus 15 membros, o Conselho de Segurança “expressou a sua tristeza pela morte de civis” no território sob ocupação israelita.

“Os membros do Conselho de Segurança encorajam novas medidas para restaurar a calma duradoura e permitir que as tensões diminuam, e pedem a todas as partes que evitem ações unilaterais que possam inflamar as tensões”, disse a embaixadora dos Emirados Árabes Unidos junto da ONU, Lana Nusseibeh, que detém a presidência rotativa do órgão em junho.

“O Conselho pede moderação para redução das tensões e evitar uma nova escalada”, acrescentou.