Luanda Leaks é o mais recente dossier divulgado pelo Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação (ICIJ), que integra vários órgãos de comunicação social, entre os quais o Expresso e a SIC. De acordo com as notícias agora avançadas, o consórcio analisou, ao longo de vários meses, 356 gigabytes de dados relativos aos negócios de Isabel dos Santos entre 1980 e 2018, que ajudam a reconstruir o caminho que levou a filha do ex-Presidente angolano a tornar-se a mulher mais rica de África.
São 715 mil documentos, entre os quais e-mails, contratos, auditorias, e contas que foram obtidas por uma plataforma de denunciantes em África (PPLAAF), que depois foi partilhada com a ICIJ. A documentação evidencia, entre outras, faturas e ordens de pagamento que atestam a transferência de 100 milhões de euros (115 milhões de dólares) da Sonangol para uma empresa offshore no Dubai.
Os documentos a que o ICIJ teve acesso alude a uma rede com 400 empresas, muitas delas offshores, ligadas a Isabel dos Santos, e ao marido, Dokolo e os seus associados, e também a assistência dada por parte de companhias europeias e americanas.
Cópia de documentos apresentados pela investigação