Conhecido por ser um lugar de grande asáfama, esta terça-feira é o silêncio que reina no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto. Não há aterragens nem descolagens por causa das obras da beneficiação da pista que decorrem desde maio deste ano.
As únicas pessoas que a Renascença encontrou no local são trabalhadores do aeroporto de Pedras Rubras, com exeção feita a Manuel Oliveira e à sua mulher. O casal, que vem de Fafe, foi notificado pela companhia aérea do cancelamento do seu voo, mas queixa-se da pouca antecência com que este este aviso foi feito. "
"Já sabiam desde o dia 10 de maio que o aeroporto ia fechar. E só nos avisaram agora", reclama Manuel.
Uma vez que "já tinham tudo pago" para viajarem até Vigo tiveram que optar pelo autocarro, já que era a "única alternativa" dada pela companhia aérea. Uma opção que acresce "três a quatro horas" ao percurso" e que o homem de 75 anos diz ser "um incómodo".
"Não está correto. Ou eles davam o dinheiro, ou então mandavam para outro dia", remata o fafense.
Para Sónia Machado, que trabalha na única cafetaria aberta no aeroporto, a calma que se sente torna-se "estranha" e "lembra os tempos da pandemia" de COVID-19.
"É muito estranho, porque nós vimos aqui o aeroporto, no dia anterior, super lotado e hoje, vê-se pouca gente, só mesmo o staff", descreve Sónia.
Já para Mário, arrumador de carrinhos, o dia foi diferente, mas trabalho não faltou.
"Hoje entrei às 5 da manhã e trabalhei até agora, praticamente. Tenho serviço para fazer do dia anterior, mas não tenho visto aí ninguém que seja turista", conta o trabalhador.
O movimento volta ao habitual já na quarta-feira.