Lisboa tem as casas mais caras do Sul da Europa
22-03-2023 - 14:49
 • Sandra Afonso , Diogo Camilo (gráficos)

Nem Milão, nem Madrid ultrapassam os preços da habitação na capital portuguesa. As três cidades registam este ano preços recorde, com Lisboa no primeiro lugar do pódio.

Lisboa tem as casas mais caras do Sul da Europa, adianta um estudo divulgado esta quarta-feira.

Nem Milão nem Madrid ultrapassam os preços da habitação na capital portuguesa. As três cidades registam este ano preços recorde, mas Lisboa lidera.

É a conclusão de um estudo do portal imobiliário idealista, que analisou seis cidades: Lisboa, Porto, Madrid, Barcelona, Roma e Milão.

Segundo este trabalho, a capital portuguesa é a única onde o metro quadrado já ultrapassa os 5.000 euros, o que a coloca no topo, com as casas mais caras.

Na capital portuguesa, comprar casa custou, em termos medianos, 5.178 euros/m2 em fevereiro. A capital espanhola também regista um recorde histórico, uma habitação em Madrid passou a custar 3.995 euros/m2 no mesmo mês, o maior valor de sempre.

Milão (Itália) e Porto também atingiram o pico dos preços este ano, mas logo em janeiro. Na cidade italiana o recorde está nos 4.971 euros/m2, na Invicta foi de 3.276 euros/m2. Entretanto estes preços caíram ligeiramente.

Em Barcelona, o máximo histórico foi atingido em setembro de 2018, nos 4.279 euros/m2. Em Roma é preciso recuar ainda mais, até maio de 2012, quando as casas chegaram a 4.253 euros/m2. Mais de 10 anos depois, estes preços caíram cerca de 30%.

Porto com maior subida

Os preços têm subido a diferentes ritmos no sul da Europa.

Em fevereiro de 2023, o maior aumento homólogo do preço foi registado no Porto (6,9%), segue-se Milão (6,5%), Madrid (6,1%), Barcelona (3,3%) e Lisboa (2,3%). Em Roma os preços ficaram praticamente estáveis (0,2%).

A justificação para estes aumentos é a “baixa oferta de habitações para a alta procura que se faz sentir”.

No final de 2022 a oferta de casas à venda caiu nas seis cidades analisadas: Porto (-38%) e Lisboa (-31%) registaram uma quebra expressiva de stocks no último trimestre de 2022 face ao mesmo período do ano anterior; Roma reduziu a oferta de casas em 13% entre os estes dois momentos; já Milão (-8%), Barcelona (-6%) e Madrid (-2%) sentiram uma redução mais moderada.

Apesar destes novos máximos no preço, no mercado residencial de Espanha, Itália e Portugal a subida dos preços tem sido moderada. Já no Reino Unido, Suécia, Dinamarca ou na Holanda, nos últimos anos os preços das casas têm subido de forma agressiva, o que tem levado também a novos máximos nestas cidades.