Pedro Rodrigues, deputado do PSD que pediu ainda esta semana, numa carta aberta, a Rui Rio que descarte a possibilidade de vir a aprovar orçamentos do PS numa próxima legislatura, será candidato a presidente de mesa do congresso nacional do PSD, que arranca esta sexta-feira em Santa Maria da Feira.
Numa mensagem enviada à comunicação social, o deputado diz tomar esta decisão por crer na “vitalidade” e “força da pluralidade” do PSD.
O congresso “é o primeiro momento de afirmação de um projeto liderado pelo PSD que responda às verdadeiras necessidades das famílias, dos jovens, dos idosos, dos empresários, e lhes ofereça um caminho estável, seguro e de crescimento”.
Em declarações à Renascença esta sexta-feira, Pedro Rodrigues defendeu que, na corrida às legislativas de 2022, que o PSD tem a responsabilidade de apresentar um projeto alternativo ao do PS e “deve fazê-lo sem ambiguidades”.
“Sem ambiguidades significa dizer que o PSD tal como liderou as últimas grandes reformas em Portugal, nos últimos 40 anos, quer ganhar as próximas eleições para liderar uma alternativa reformista”, disse.
No entender do social-democrata, a ideia de o PSD ser alternativa “não é compaginável com a posição ambígua de que o PSD pode eventualmente viabilizar governos ou orçamentos do PS.”
Pedro Rodrigues é um dos nomes que apoiou Rangel nas diretas e foi afastado por Rui Rio das listas de candidatos a deputados para as próximas legislativas.