Incêndio de Pedrógão. Governo aprova medidas extraordinárias de apoio
06-07-2017 - 15:02

Conselho de Ministros reconhece que estes incêndios florestais configuram uma situação excepcional e identifica as medidas de apoio imediato às populações, às empresas e às autarquias atingidas.

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O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira um conjunto de medidas de carácter extraordinário para fazer face aos danos provocados pelos dois grandes incêndios de Pedrógão Grande e de Góis, que afectaram sete municípios da região Centro do país.

A resolução do Conselho de Ministros reconhece que estes incêndios florestais configuram uma situação excepcional e identifica as medidas de apoio imediato às populações, às empresas e às autarquias atingidas.

"Estas medidas incluem a reparação dos danos causados pelos incêndios nas habitações, nas actividades económicas e nas infra-estruturas, medidas de apoio social e medidas no sentido de assegurar a prevenção e o relançamento da economia, através de um projecto-piloto de ordenamento do território florestal, de apoio à reflorestação das áreas ardidas, da diversificação da catividade económica e do aproveitamento dos recursos endógenos", refere o comunicado do Conselho de Ministros.

Presidente da República promulga fundo

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou esta quinta-feira o diploma que cria o fundo de apoio à revitalização das áreas afectadas pelos incêndios do mês passado na região Centro.

O anúncio foi avançado através de um comunicado no site da Presidência da República.

Dois grandes incêndios começaram no dia 17 de Junho em Pedrógão Grande e Góis, tendo o primeiro provocado 64 mortos e mais de 200 feridos. Foram extintos uma semana depois.

Estes fogos terão afectado aproximadamente 500 habitações, 169 de primeira habitação, 205 de segunda e 117 já devolutas. Quase 50 empresas foram também afectadas, assim como os empregos de 372 pessoas.

Os prejuízos directos dos incêndios que começaram na região Centro no dia 17 de Junho, nomeadamente em Pedrógão Grande e Góis, ascendem a 193,3 milhões de euros, estimando-se em 303,5 milhões o investimento em medidas de prevenção e relançamento da economia.

Os dados constam do relatório elaborado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro que foi apresentado às sete Câmaras afectadas pelos incêndios: Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Penela, Sertã, Pampilhosa da Serra e Góis.