A presidente da Cáritas Portuguesa, Rita Valadas, confessa ser difícil esconder "a raiva e a zanga" depois do ataque russo contra um armazém de ajuda humanitária da "Cáritas-Spes", na Ucrânia, que causou a destruição, na madrugada desta terça-feira, cerca de 330 toneladas de bens de primeira necessidade.
Em declarações à Renascença, Rita Valadas lamenta que tenha desaparecido um conjunto de bens que dariam para alimentar mais de 600 pessoas: “É algo de absolutamente incompreensível."
“Como é que um armazém para uma causa humanitária é vítima de um drone que faz explodir tudo o que estava lá dentro?”, interroga-se.
Rita Valadas lamenta que de “um momento para o outro, 33 paletes de bens alimentares que tinham acabado de chegar da Polónia desapareceram”.
A rede Cáritas em Portugal, reunida em Aveiro para a sua quinta semana de formação, mostra-se “profundamente chocada com este ataque” e adianta que vai ser feito um reforço de 20 mil euros para o apoio à população ucraniana.
“São 20 mil euros de apoio de emergência para eles poderem comprar os bens de que necessitam para ver se conseguem não entrar em rutura”, revela Rita Valadas.
De acordo com a Cáritas Spes ucraniana, o ataque russo contra um armazém de ajuda humanitária da instituição destruiu cerca de 330 toneladas de bens de primeira necessidade.
Segundo a instituição "as tropas russas atacaram uma zona industrial em Lviv, onde estava localizado o armazém de ajuda humanitária da Caritas-Spes Ucrânia".
Todos os colaboradores da equipa saíram ilesos, mas “o armazém com todo o seu interior foi totalmente queimado”.