O Lobo Marinho, o navio que assegura a linha marítima entre a Madeira e o Porto Santo, vai estar cinco semanas em manutenção, ficando as ilhas sem a ligação até meados de fevereiro, foi nesta terça-feira anunciado.
A embarcação da Porto Santo Line (PSL) faz a última viagem na quarta-feira e ruma aos estaleiros para a intervenção anual, que está orçada em 1,4 milhões de euros.
Neste período, a PSL vai assegurar o transporte aéreo dos residentes do Porto Santo, que continuam a pagar a mesma tarifa da viagem do barco, refere a nota da transportadora divulgada no seu site.
Serão feitas escalas com porta-contentores para garantir o abastecimento de mercadorias aos residentes no Porto Santo.
Na informação disponibilizada na página, a concessionária refere que "durante o período de imobilização do navio e, apesar de não estar legalmente obrigada a tal, irá assegurar o transporte aéreo, entre ilhas, para os residentes no Porto Santo, em voos com origem nesta ilha".
Para os residentes no Porto Santo serão disponibilizados "até 50 lugares, por dia, por trajeto, até um máximo de 100 lugares (exceto às terças-feiras)".
Por imposição da transportadora aérea, a Binter, a Porto Santo Line só vai poder vender passagens aéreas a residentes no Porto Santo, "suportando a PSL o diferencial entre a passagem marítima e a viagem aérea - que se encontrem registados na Plataforma SIMplifica do Governo Regional da Madeira".
Mercadorias serão transportadas num porta-contentores
Quanto ao transporte de mercadorias, a concessionária, em cumprimento das exigências contratuais, vai assegurar uma escala semanal de um porta-contentores entre a Madeira e o Porto Santo, às terças-feiras, salvo casos excecionais, admitindo a realização de uma segunda ligação (sexta-feira/sábado).
Estas duas escalas visam garantir "o transporte de quantidades de mercadorias (frescos, perecíveis ou secos)", lê-se na informação.
A PSL realça que vai ainda facultar a armazenagem gratuita em contentores secos e frios, colocados propositadamente no porto do Porto Santo, para "mitigar eventuais dificuldades de logística que os comerciantes possam enfrentar".