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O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, garante que o pré-escolar reabre com “todas as condições de segurança e confiança” determinadas pela Direção Geral da Saúde (DGS), apesar de nem todos os educadores e funcionários terem sido testados à Covid-19.
De visita à escola básica José Cardoso Pires, em Almada, para assinalar o regresso do ensino pré-escolar, o ministro da Educação passou uma mensagem de confiança às famílias.
“O mais importante, hoje, é termos as nossas comunidades educativas do pré-escolar de volta à escola. Fomos todos forçados, sem pré-aviso, a ir para casa e a ficarmos confinados e é importante, num momento como este, estarmos a desconfinar e darmos confiança e segurança às nossas comunidades educativas”, disse Tiago Brandão Rodrigues aos jornalistas.
O ministro destaca a importância do trabalho de educadoras e auxiliares neste regresso do pré-escolar, bem como o papel das autarquias para garantir “todas as condições de segurança e confiança, seguindo e estritamente aquilo que a Direção Geral da Saúde disse para podermos reabrir os jardins de infância”.
“O que precisamos de fazer entre todos, independentemente de sermos Governo, jornalistas e mesmo sendo organizações sindicais que representam os trabalhadores, é criarmos todas as condições, sem alarmismos, sem nenhum tipo de mensagem distorcida, podermos dizer às famílias, olhos nos olhos, que estão criadas as condições para podermos aumentar a segurança para que elas sintam confiança neste momento que é naturalmente difícil de voltar à escola”, sublinha o ministro da Educação.
O pré-escolar vai funcionar até 26 de junho. Tiago Brandão Rodrigues considera que a medida é essencial para as famílias começarem a regressar à sua vida normal e ao trabalho.
Sobre o número de crianças que vão regressar à escola, o ministro admite que possam ser menos porque muitas famílias mudaram para segundas habitações fora da área de residência, por causa da pandemia de Covid-19, mas acredita que a adesão vai ser boa.
Sabemos que, como aconteceu no 11º e 12 anos, no primeiro dia nem todos foram à escola, mas logo no segundo e terceiro dia tivemos um aumento muito significativo das famílias, também porque viam reportagens como as que vocês hoje vão fazer em que, certamente, vão ver como todas as escolas do nosso país se prepararam de forma muito criteriosa, com muita ponderação e rigor para diminuir essa ansiedade”, salientou o ministro da Educação.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) manifestou hoje “muita preocupação” com a reabertura dos jardins de infância e criticou o Ministério da Educação por não ter procedido à testagem generalizada de educadores e funcionários à covid-19.
Em declarações à Lusa em Briteiros, Guimarães, à porta do jardim de infância em que leciona, a coordenadora do Departamento de Educação Pré-Escolar da Fenprof, Júlia Vale, criticou o facto de o Ministério não ter providenciado no sentido da subdivisão de turmas e a consequente contratação de mais pessoal docente e não docente, de forma a evitar concentrações de crianças numa na mesma sala.
“Há coisas que falharam da parte do Ministério da Educação”, referiu.
As crianças em idade pré-escolar regressam esta segunda-feira aos jardins de infância, que voltam a funcionar com novas regras, depois de encerradas durante mais de dois meses, devido à pandemia da covid-19.
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