É a mais recente interrogação entre os centristas, a menos de um mês do Congresso que vai eleger o novo líder do CDS, entre 2 e 3 de abril: o partido ainda não decidiu onde vai realizar o encontro e as opiniões dividem-se entre Guimarães e Lamego, mas também já há quem tenha defendido Tomar ou Aveiro.
A Comissão Organizadora do Congresso (COC) reuniu-se quinta-feira, mas sem ter tomado qualquer decisão sobre o local, enquanto corriam nos grupos de "whatsapp" dos centristas diversas opções, sendo que "o que vai decidir é o preço", como reconheceu à Renascença uma fonte centrista.
Para esta semana está prevista uma nova reunião da COC, para tomar então uma decisão definitiva, sendo que a actual direção tem mantido uma preferência pelo Multiusos de Lamego, no distrito de Viseu.
Lamego era o local onde estava previsto realizar-se o Congresso de 27 e 28 de Novembro, que acabou por ficar adiado para depois das legislativas, na sequência de um Conselho Nacional explosivo.
A outra opção é Guimarães e terá sido avançada pela estrutura distrital de Braga, liderada pelo também candidato à presidência do CDS Nuno Melo, que, recentemente, em entrevista ao programa "Hora da Verdade", da Renascença e do jornal Público, disse estar preocupado com os custos do próximo Congresso, deixando avisos à actual direção.
Tudo isto tendo em conta as dificuldades financeiras do partido, que sem representação parlamentar, após as eleições legislativas de janeiro fica sem direito a subvenção e, por isso, sem uma alternativa de financiamento.
Segundo fontes próximas do processo de organização do Congresso nas últimas semanas já surgiram mesmo outros locais como alternativa a Guimarães e Lamego. Uma dessas alternativas é Aveiro, cidade e distrito onde tradicionalmente o CDS costumava ter bons resultados eleitorais ou ainda Tomar, de onde é natural o secretário-geral do partido, Francisco Tavares.
A questão do local de realização do Congresso não é problema para Miguel Mattos Chaves, que se prepara para apresentar oficialmente a candidatura à liderança do partido na próxima semana.
À Renascença, o gestor e recente candidato do partido à presidência da câmara da Figueira da Foz, disse que lhe é "indiferente" o local onde irá realizar-se o Congresso, referindo mesmo que "não é o local que importa", reconhecendo que "estão em discussão vários lugares", mas que nenhum deles constitui "problema".