Quarenta e quatro manifestantes detidos nos recentes protestos pró-democracia em Hong Kong vão ser acusados de participarem em tumultos, arriscando até dez anos de prisão, informou um responsável da polícia esta terça-feira.
"Nós estamos perto de acusá-los. Um comunicado de imprensa será divulgado esta noite", disse o responsável da polícia local, que falou sob condição de anonimato, à agência de notícias francesa AFP.
Na segunda-feira, o Governo chinês renovou o seu apoio à líder do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, e à polícia local, e pediu o "restabelecimento da ordem o mais brevemente possível", nesta ilha que é importante para a finança internacional.
As manifestações do fim de semana passado, que resultaram em dezenas de feridos, foram mais um capítulo da contestação na rua iniciada em junho contra as emendas à lei da extradição, entretanto suspensas.
Hong Kong está mergulhada na pior crise da sua história recente, com manifestações pacíficas gigantescas desde 09 de junho contra o Governo local pró-Pequim, mas também confrontos esporádicos entre manifestantes radicais e a polícia.
Os manifestantes exigem uma resposta do Governo de Carrie Lam a cinco reivindicações: retirada definitiva da lei da extradição, a libertação dos manifestantes detidos, que os protestos de 12 de junho e 01 de julho não sejam identificados como motins, um inquérito independente à violência policial e a demissão da chefe do executivo.