Dificilmente haverá acordo esta sexta-feira entre os médicos e o Ministério da Saúde. É esta a convicção do presidente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM).
À entrada para mais uma reunião na ronda negocial que se arrasta há meses, Jorge Roque da Cunha apelou a Manuel Pizarro que acabe com a discriminação nos horários dos clínicos.
"Hoje dificilmente sairá daqui um acordo. O que nós queríamos era que o sr. ministro da Saúde assumisse que ia acabar com a discriminação em relação ao horário de trabalho dos médicos, mostrar essa abertura."
A par disso, destacou o responsável sindical, a classe exige "recuperação do poder de compra" com uma revisão das tabelas salariais, pedindo um aumento de 30%.
"Se isso não acontecer, continuam os privados muito satisfeitos, continuam as pessoas a ter de gastar mais dinheiro para ter acesso aos cuidados de saúde. E isso não é bom para um Governo", vaticina Roque da Cunha.
O SIM e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) estão reunidos hoje com o Ministério da Saúde. Entre as reivindicações da classe conta-se a reposição do horário semanal de 35 horas.