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O primeiro-ministro acusa o Conselho de Finanças Públicas (CFP) de um “monumental falhanço” nas previsões económicas. António Costa reage assim à entrevista de Teodora Cardoso à Renascença e ao jornal “Público”.
A presidente do CFP disse que, “até certo ponto”, a redução do défice em 2016 foi "um milagre". O chefe do Governo responde com duras críticas ao organismo independente que fiscaliza as contas do Estado e a sustentabilidade das finanças públicas.
“Acho que é preciso um grande esforço para ter que invocar em vão o nome de Deus para não reconhecer o que é simples reconhecer: o monumental falhanço de todas as previsões do Conselho de Finanças Públicas ao longo do ano de 2016”, atirou António Costa.
“O Governo não tem o dom de fazer milagres. O Governo faz o que lhe compete, que é governar, gerir o Orçamento e alcançar os resultados que se propõe alcançar”, sublinhou o primeiro-ministro.
O Presidente da República também já comentou a entrevista da presidente do Conselho de Finanças Públicas à Renascença e ao jornal “Público”. Marcelo Rebelo de Sousa disse esta quinta-feira, no Porto, que a redução do défice em 2016 "saiu do pêlo e do trabalho dos portugueses desde 2011/2012".
“Milagre, este ano, em Portugal, só vamos celebrar um que é o de Fátima para os crentes, como é o meu caso, tudo o resto não é milagre", disse o Presidente da República, sublinhando que houve “um esforço muito grande dos portugueses desde 2011/2012” e não "um milagre".
Em entrevista à Renascença e ao "Público", a presidente do CFP manifestou dúvidas sobre sustentabilidade das medidas que o Governo usou para conseguir reduzir o défice de 2016 para uns surpreendentes 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB).
“Até certo ponto, houve um milagre”, afirmou a economista Teodora Cardoso.