O Ministério da Saúde tem de encontrar "soluções" para evitar tragédias. É a reação do Sindicato Independente dos Médicos à morte de um bebé no Hospital das Caldas da Rainha.
À Renascença, Roque da Cunha diz que sem pessoal para garantir as escalas, as maternidades e urgências de obstetrícia têm de estar encerradas.
Roque da Cunha lembra que já alertaram para o problema e possíveis consequências graves. “Podem ocorrer e infelizmente ocorreram. Ainda ontem dissemos que em Setúbal, Garcia da Orta, S. Francisco Xavier, Amadora e Vila Franca de Feira não estão em condições de receber grávidas neste tipo de situação.”
O líder do Sindicato Independente dos Médicos exige que "a Administração Regional de Saúde e do Ministério da Saúde que haja verdade e que para além de encontrarem soluções não criem ilusão que de que estas instituições estão abertas.”
Jorge Roque da Cunha rejeita que sejam imputadas culpas aos médicos envolvidos. “Não admitimos sequer que o Conselho de Administração tente sugerir responsabilidades”.
Uma grávida perdeu o bebé alegadamente por falta de obstetras no hospital das Caldas da Rainha. A informação foi avançada pela RTP e confirmada pela Renascença. Numa nota enviada, o hospital admite a abertura de um inquérito e participou o caso à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde.
O incidente aconteceu na noite de quarta-feira, quando o serviço de urgência em obstetrícia daquela unidade estava encerrado por falta de médicos. A situação terá atrasado o atendimento à mulher grávida, que acabou por perder a criança.