Na segunda meia-final do Campeonato da Europa, disputada ontem à noite em Hamburgo, a Inglaterra garantiu a sua presença na final onde terá a Espanha como adversária.
No cenário de Berlim teremos, assim, um jogo que desperta muita expectativa pelas razões mais diversas.
Desde logo, porque apresentando-se os espanhóis como favoritos, está por se saber se vão ou não ser capazes de confirmar o estatuto com que vão apresentar-se em campo.
Depois, ficaremos a saber se os ingleses vão ser ou não capazes de quebrar a maldição que os persegue desde 1966, ano em que conquistaram o Campeonato do Mundo, o único título internacional averbado pelas selecções de Sua Majestade.
Aos que não são desse tempo, convirá adiantar que na final do Mundial desse ano, no estádio de Wembley, a Inglaterra venceu a Alemanha por 4-2, após prolongamento, mercê de um golo, o terceiro, ter suscitado as maiores dúvidas, ficando por se saber, até hoje, se uma bola atirada à barra por Hurst, tocou no chão aquém ou para lá do risco de baliza.
Foi muito contestada, por isso, a vitória inglesa o que, para muitos crentes, suscitou a partir daí, a existência de uma maldição que se vem confirmando até aos nossos dias.
Depois disso, a Inglaterra já disputou outras finais, mas nunca conseguiu repetir a vitória de há 58 anos.
No próximo domingo a tarefa dos comandados de Gareth Southgate não se afigura nada fácil.
No entanto, e este é um princípio sagrado do futebol, os resultados só são finais quando o árbitro de qualquer jogo apita pela última vez.
A Espanha já demonstrou, por diversas vezes, possuir uma selecção de altíssima qualidade, construída à base jogadores jovens, e comandada por um treinador que tem deixado uma boa marca nos desempenhos a que foi chamado até agora.
Aguardemos então, votando uma boa partida, bem conduzida pela equipa de arbitragem, e com um desfecho a condizer com o futebol praticado, e com a grandeza de um Campeonato da Europa.