​Três milhões de lisboetas confinados? Governo desmente notícia do "El País"
26-06-2020 - 12:53
 • Renascença

Ministério dos Negócios Estrangeiros lamenta título falso e esclarece que, “pelo contrário, a grande parte da Área Metropolitana de Lisboa, com a exceção de 19 das 118 freguesias, passou a uma nova fase de desconfinamento”.

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O Governo português desmente uma notícia do jornal espanhol “El País”, com o título “Portugal ordena o confinamento de 3 milhões de lisboetas”.

A posição oficial foi divulgada esta sexta-feira, ao início da tarde, num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

“O título da primeira página do El País de hoje (‘Portugal ordena o confinamento de 3 milhões de lisboetas’) é totalmente falso”, afirma o gabinete do ministro Augusto Santos Silva.

O MNE esclarece que, “pelo contrário, a grande parte da Área Metropolitana de Lisboa, com a exceção de 19 freguesias das 118 freguesias, passou a uma nova fase de desconfinamento”, do estado de calamidade para o estado de alerta.


O Governo português “lamenta profundamente que um jornal com o prestígio e a responsabilidade do El Pais publique uma tal falsidade”.

O gabinete do ministro Augusto Santos Silva “espera que possa fazer a correção devida com a urgência e a publicidade que essa falsidade exige”.

O Governo decidiu, na quinta-feira, que os habitantes das 19 freguesias mais afetadas pela covid-19, todas na região da Grande Lisboa, vão voltar a ter o dever cívico de recolhimento. Só devem sair de casa para trabalhar e fazer compras. E os ajuntamentos nestas freguesias dos concelhos de Amadora, Odivelas, Loures, Sinta e Lisboa ficam limitados a cinco pessoas.

Mantém-se o essencial das recomendações para todo o pais, que passa para estado de alerta, com limites de ajuntamentos a 20 pessoas e recomendação do uso de máscaras. E mantém-se a obrigação de confinamento para infetados com covid-19.

A Área Metropolitana de Lisboa fica em situação de contingência e continua com regras próprias e essas regras são ainda mais apertadas para as 19 freguesias “críticas” como são tratadas na apresentação que o primeiro-ministro usou na conferência de imprensa.

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