Ao contrário de outros campeonatos, em que o dia de jogo era quase de “ponte aérea” entre Portugal e a cidade em causa, neste Europeu – e por força da pandemia – o movimento tem sido sobretudo por via terrestre e muito disperso por todo o continente.
“Vieram de Portugal, França, Hungria, Alemanha; vieram de vários sítios, de toda a Europa”, afirma à Renascença o intendente Pedro Colaço, que chefia a equipa de três elementos da PSP, cuja missão é trabalhar com as polícias locais no acompanhamento dos adeptos.
Portugal defronta a França nesta quarta-feira, num jogo decisivo para saber se continua no Euro 2020. E, tal como aconteceu nos dois primeiros jogos, a seleção das quinas irá ter o apoio de mais de cinco mil adeptos.
“Pelas informações que temos, o número de adeptos portugueses andará à volta dos 5.300”, diz o intendente Pedro Colaço, adiantando que os franceses são mais: entre oito mil e 8.500. “E virão também de países em redor da Hungria”, adianta.
Até agora, tudo tem corrido bem. Apenas duas ou três ocorrências dignas de registo, como “no primeiro jogo, que opôs a Hungria a Portugal”, em que “houve a detenção de dois adeptos portugueses, aquando do primeiro golo de Portugal, que saltaram para o relvado e foram levados pela polícia”.
Nesse mesmo dia, “um casal de adeptos foi agredido por seis adeptos húngaros, tendo dois deles sido identificados”.
De resto, para os portugueses só elogios. Em Munique, a polícia alemã diz ter ficado “agradavelmente surpreendida pela atitude dos adeptos portugueses: só querem festa, divertir-se, ver um bom jogo de futebol e têm um espírito desportivismo alto”, relata o intendente da PSP.
Esta equipa da PSP não tem poder executivo, trabalha sempre acompanhada pela polícia do país em que se encontrar e tenta estar onde estão os portugueses. E a receção é sempre boa.
“Os adeptos veem-nos e ficam extremamente contentes por saberem que, num país longe do seu, há uma polícia devidamente identificada que quer ajudá-los, esclarecê-los. Ficam contentes, gostam de nos ver”, revela.
As perguntas que lhes fazem são “por onde se devem dirigir, a que horas, que cuidados devem ter, coisas assim”.
Esta missão irá prolongar-se até que a seleção regresse a casa.