Tivemos ontem uma intensa e muito interessante jornada europeia de futebol com exibições, golos e resultados para todos os gostos: proveitosas vitórias do Sporting e do Futebol Clube do Porto, revestidas da maior justiça, e ambas a coroar grandes momentos de futebol.
Mas a tarde e a noite proporcionaram igualmente a possibilidade de assistirmos a outros desafios de enorme qualidade, sem que se possa falar de grandes surpresas.
O Manchester City goleou com relativa facilidade, o Ajax também aplicou uma goleada das antigas e, para não se ficar atrás, o Real Madrid foi ainda mais longe, retomando o seu verdadeiro lugar na Liga dos Campeões, da qual é freguês assíduo há muitas dezenas de anos.
Outros dois grandes encontros desta jornada tiveram como palcos dois estádios de Paris e Madrid.
Na cidade-luz o Paris Saint-Germain suou as estopinhas, mas venceu os germânicos do RB Leipzig, mesmo tendo passado por algumas dificuldades. E, neste jogo, deu especialmente nas vistas a ligação pela qual há muito se esperava: Messi e Mbapé foram as estrelas do parque, denunciando o entendimento que há de proporcionar à equipa muitos e saborosos triunfos.
Na capital espanhola, o Atlético vendeu cara a derrota frente a um Liverpool que se adiantou cedo, mas que acabou em sofrimento um desafio que acabou por vencer com mérito. O Wanda Metropolitano dificilmente assistirá tão cedo a um espetáculo deslumbrante como aquele que foi proporcionado por duas grandes equipas.
E, claro, uma chamada especial para as primeiras vitórias na Champions dos campeão e vice-campeão nacionais, em circunstâncias diferentes, mas com proveitos semelhantes.
Em Istambul, o leão rugiu forte fazendo-se ouvir no estreito do Bósforo e goleando um insípido Besiktas, cujo futuro na Liga deve ter ficado traçado ontem à tarde.
Por seu lado, o Sporting não só criou novo alento como abriu claramente a porta da Liga Europa, sem deixar de espreitar de soslaio para a possibilidade de também continuar onde está.
Os dragões venceram o Milan com um resultado que está longe de refletir a verdade do jogo.
O seu ascendente sobre a histórica formação italiana foi tão evidente durante os noventa minutos, que nunca esteve em equação a possibilidade de uma reviravolta no resultado.
E, para finalizar, ficamos à espera do Benfica, que hoje é chamado a funções. O adversário não é para brincadeiras e, mesmo jogando na Luz, os encarnados correm sérios riscos frente àquela que o seu próprio treinador considera a melhor equipa do mundo.