O início do julgamento do processo EDP, que envolve o ex-ministro da Economia Manuel Pinho, marcado para esta terça-feira, foi adiado por causa da greve dos funcionários judiciais.
O antigo ministro da Economia e um dos três arguidos deste processo, foi o primeiro a chegar ao Campus da Justiça, em Lisboa, já Ricardo Salgado não esteve presente.
A próxima sessão está agendada para sexta-feira, dia 6 de outubro, dia em que se mantém a greve dos funcionários judiciais.
O antigo ministro da Economia (2005-2009), em prisão domiciliária desde dezembro de 2021, é acusado de um crime de corrupção passiva para ato ilícito, outro de corrupção passiva, um crime de branqueamento de capitais e um crime de fraude fiscal.
A mulher, Alexandra Pinho, será julgada por um crime de branqueamento e outro de fraude fiscal, em coautoria material com o marido e Ricardo Salgado vai a julgamento por um crime de corrupção ativa para ato ilícito, um crime de corrupção ativa e outro de branqueamento de capitais.
Ricardo Salgado foi submetido, em 28 de setembro, a um exame neurológico no Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) de Coimbra, que foi pedido pelos advogados do antigo presidente do BES em vários processos nos últimos dois anos, para avaliar o impacto no julgamento do diagnóstico de doença de Alzheimer que lhe foi atribuído, mas só tem valor de perícia no processo EDP.
No entanto, o MP acabou por separar em dezembro de 2022 os processos, ao centrar-se por agora nas suspeitas de corrupção e branqueamento com dinheiros provenientes do Grupo Espírito Santo (GES) relativamente a Manuel Pinho, Alexandra Pinho e Ricardo Salgado.