São várias as organizações humanitárias, entre elas a Cáritas, envolvidas na ajuda de emergência aos refugiados na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia.
Em declarações à Rádio Vaticano, a porta-voz da organização descreve “uma situação muito dramática, muito complicada e dolorosa na fronteira entre os dois países”.
“Estamos a tentar resolver a situação, ajudando migrantes e refugiados com o apoio da comunidade local e dos serviços de assistência”, acrescenta Dominika Chylenska, dando nota que todas as paróquias estão mobilizadas para acolher aqueles que atravessaram a fronteira.
"Quem precisa de ajuda, não importa de onde venha, é para nós uma pessoa a ser ajudada". A “Fratelli tutti” do Papa Francisco inspira-nos neste trabalho”, afirma.
A porta-voz da Cáritas Polónia refere que atualmente, existem cerca de 16 centros para estrangeiros no país. Um deles é o centro de migrantes em Varsóvia.
“Também estamos fisicamente presentes na fronteira e respondemos às necessidades que nos são relatadas. Cooperamos com outras organizações humanitárias e com a Polícia de Fronteira. Todos os dias o Padre Kordian, vice-diretor da Cáritas Polónia, reúne-se com os paroquianos das cidades fronteiriças e organiza com eles a ajuda material a ser entregue aos refugiados”, detalha.
As condições climáticas cada vez mais adversas nesta época do ano e a escassez de alimentos, água e géneros de primeira necessidade ameaçam precipitar uma situação que já se está a revelar atualmente uma verdadeira crise humanitária. Entre os migrantes reunidos na fronteira, há também crianças e mulheres grávidas.
A instituição da Igreja apela, por isso, à Polónia, à Bielorrússia e à União Europeia que ajam imediatamente para encontrar soluções, mesmo que sejam temporárias, a fim de salvar vidas.