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Cerca de metade da população residente em Portugal está concentrada em apenas 31 municípios, localizados maioritariamente nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, revelam os dados provisórios do Censos2021, hoje divulgados.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), os desequilíbrios na distribuição da população pelo território “acentuaram-se”, assinalando que, por um lado, “a evolução demográfica da última década ao nível do município permite verificar que os territórios localizados no interior do país perdem população” e, por outro, “que os municípios que registam um crescimento populacional se situam predominantemente no litoral”.
Além disso, ainda segundo os dados, verifica-se “uma concentração” em redor de Lisboa e na região do Algarve.
“Acentuaram-se, desta forma, os padrões de litoralização do país e o movimento de concentração da população junto da capital, fenómenos que se têm vindo a reforçar nas últimas décadas”, sublinha o INE.
A nível municipal, “os acréscimos populacionais mais significativos na última década” registaram-se em Odemira (13,5%) e Mafra (12,8%), seguindo-se Palmela, Alcochete, Vila do Bispo e Montijo, com valores entre os 9,6% e os 8,7%.
No extremo oposto, Barrancos, Tabuaço, Torre do Moncorvo e Nisa observaram “os decréscimos populacionais mais expressivos, com valores superiores a 20%”, de acordo com estes dados provisórios.
Lisboa, Sintra, Vila Nova de Gaia, Porto, Cascais, Loures, Braga, Almada, Matosinhos e Oeiras, são os 10 municípios mais populosos, contudo, as duas maiores cidades registaram perdas populacionais: o Porto com menos 2,4% e Lisboa com menos 1,2%. Matosinhos e Oeiras acompanham a tendência de redução populacional.
O município de Braga registou o crescimento “mais expressivo” (6,5%), seguido de Cascais e Sintra, com 3,7% e 2,1%, respetivamente.
Esta é a segunda fase de divulgação de resultados provisórios do Censos2021 (antecipando a data inicialmente prevista de 28 de fevereiro de 2022), depois da divulgação de resultados preliminares em 28 de julho.