O primeiro-ministro britânico está a ser investigado por causa de umas férias que fez na passagem de ano de 1999 para 2000.
Boris Johnson viajou com a sua namorada para a ilha privada de Mustique, parte do arquipélago de St. Vincent e Grenadines, e beneficiou da generosidade de um empresário, David Ross, que lhe assegurou alojamento.
O valor do alojamento, segundo o próprio Johnson declarou ao parlamento, foi de cerca de 17 mil euros. As regras do parlamento britânico obrigam os deputados a declarar ofertas e viagens para fora do Reino Unido de valores acima de 300 libras, ou 350 euros, ao câmbio atual, que não tenham sido pagas por inteiro pelo próprio deputado, ou com dinheiro público.
O gabinete do primeiro-ministro insiste que tudo foi feito com total transparência, mas a oposição discorda e diz que a “generosidade” de Stone, levanta “questões”. A comissária responsável por supervisionar estes assuntos concordou e abriu um inquérito, que decorre.
A comissão que investiga o caso tem poderes para obrigar os deputados a pedir desculpa por declarações financeiras falsas ou incompletas e de devolver os valores em causa. Pode ainda suspender os políticos, embora isso seja muito raro.