O tempo frio vai continuar, pelo menos, até ao final da semana em especial nas regiões do interior norte e centro onde as temperaturas mínimas podem chegar aos seis graus negativos.
"Temos avisos em todos os distritos até dia 6 (quarta-feira) com exceção do Algarve que vai ter um alívio já a partir de amanhã. É provável que em parte dos distritos se prolongue o aviso por mais tempo, até ao final da semana pelo menos nos do interior norte e centro e eu diria mesmo até ao fim de semana", revelou a meteorologista Maria João Frada.
Esta situação deve-se ao transporte de uma massa de ar frio associada a um fluxo predominante de nordeste.
"As temperaturas estão abaixo dos valores médios para altura do ano e em alguns locais estão a contribuir para uma onda de frio, mas não é provável que na nossa rede de estações do IPMA se verifique uma onda de frio porque ela é quebrada no dia 7 [quinta-feira] em alguns locais. Não há seis dias consecutivos em que as temperaturas mínimas estejam em cinco graus abaixo da média", explicou a meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA)
No que diz respeito às temperaturas máximas no continente, a meteorologista do IPMA adianta que vão ser muito baixas.
"Não vão ultrapassar os 10 graus na generalidade do território. Serão um pouco mais altas na costa sul do Algarve rondando os 12/ 13 graus. No interior norte e centro, nomeadamente no nordeste transmontano e Beira Alta, serão inferiores a 6 graus", indicou.
Quanto às temperaturas mínimas, segundo Maria João Frada, vão variar entre os -3 e os -6 no nordeste transmontano e Beira Alta e entre os 5 e os 7 no Algarve.
Está prevista, já a partir de hoje, alguma nebulosidade, que será mais persistente na quarta-feira com a entrada de uma massa de ar mais quente e húmida vinda de sul que vai trazer períodos de chuva ao Baixo Alentejo e Algarve.
Quanto à Madeira, que na segunda-feira esteve sob aviso vermelho, o mais grave, devido à precipitação, Maria João Frada adiantou que os episódios de chuva vão regressar na quarta-feira.
Medidas preventivas
Face às previsões, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda várias medidas preventivas a adotar.
Proteção individual:
.Que se evite a exposição prolongada ao frio e às mudanças bruscas de temperatura;
.Manter o corpo quente, através do uso de várias camadas de roupa, folgada e adaptada à temperatura ambiente;
.A proteção das extremidades do corpo (usando luvas, gorro, meias quentes e cachecol) e calçado quente e antiderrapante;
.A ingestão de sopas e bebidas quentes, evitando o álcool que proporciona uma falsa sensação de calor;
.Especial atenção com a proteção em termos de vestuário por parte de trabalhadores que exerçam a sua atividade no exterior, e evitar esforços excessivos resultantes dessa atividade;
.Acautelar a prática de atividade física no exterior, prestando atenção às condições do piso para evitar quedas;
.Prestar atenção aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento, trabalhadores que exerçam atividade no exterior e pessoas sem abrigo).
Proteção coletiva:
.Especial atenção aos aquecimentos com combustão (ex.: braseiras e lareiras), que podem causar intoxicação devido à acumulação de monóxido de carbono e levar à morte;
.Que se assegure uma adequada ventilação das habitações, quando não for possível evitar o uso de braseiras ou lareiras;
.Que se evite o uso de dispositivos de aquecimento durante o sono, desligando sempre quaisquer aparelhos antes de se deitar;
.Que se tenha em atenção a condução em locais onde se forme gelo na estrada, adotando uma condução defensiva;
.Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.