Os sindicatos médicos ameaçaram esta terça-feira fazer uma greve nacional na última semana de junho, alegando falta de respostas do Governo a um caderno reivindicativo com quatro anos, que inclui uma nova tabela salarial.
O anúncio da possível paralisação na última semana de junho, que decorrerá num só dia em data a definir, foi feito aos jornalistas, em Lisboa, pelos dirigentes do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha, e da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), João Proença, após uma reunião com a ministra da Saúde, Marta Temido, e a secretária de Estado da Saúde, Raquel Duarte.
Os sindicatos dizem-se "empurrados para a greve", lembrando que as suas reivindicações, às quais alegam não ter resposta da parte do Governo, têm quatro anos.
Entre as principais reivindicações constam uma nova tabela salarial, adequada ao nível de responsabilidade dos médicos, o descongelamento dos vencimentos, os concursos atempados e a redução do número de horas nas urgências hospitalares.
Uma nova reunião das duas estruturas sindicais com o Ministério da Saúde ficou agendada para 7 de junho.
Em maio de 2018 ocorreu uma greve nacional de médicos de três dias, convocada pelo SIM e pela FNAM.