O líder parlamentar do PCP evitou esta quarta-feira criticar diretamente António Costa por apoiar a recandidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica, mas alertou que deveria ter feito “uma ponderação” sobre as “implicações” da sua decisão.
“As incompatibilidades e impedimentos estão previstos na lei e nós alimentamos campanhas dessa natureza”, afirmou o deputado João Oliveira, questionado pelos jornalistas acerca da polémica por o primeiro-ministro, enquanto cidadão, fazer parte da comissão de honra da candidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Sport Lisboa e Benfica.
O presidente da bancada comunista disse que não acompanha “ideias de restrições de direitos individuais nem de consideração de incompatibilidades dos titulares de cargos políticos, a não ser as que estão na lei”.
Ressalvou que, “naturalmente, a decisão individual de cada tem que merecer uma ponderação individual dos próprios em relação às implicações que isso tem”.
No domingo, após a reunião do comité central do PCP que aprovou o nome do eurodeputado João Ferreira como candidato às presidenciais, o secretário-geral do partido, Jerónimo de Sousa, evitou comentar a polémica com uma frase: “Não é matéria nem momento para comentar essa questão.”
No dia seguinte, pela segunda vez desde que saiu a notícia no semanário "Expresso", o chefe do Governo voltou a defender que o seu apoio à recandidatura do presidente do Benfica "rigorosamente nada" tem a ver com a sua vida política ou funções.
Logo no sábado, o presidente do PSD, Rui Rio, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, e o porta-voz do PAN, André Silva, criticaram o apoio de António Costa de Medina à reeleição de Vieira para a presidência do Benfica.