Paulo Futre. “Sou obrigado a sonhar que este FC Porto pode ser campeão da Europa”
10-03-2021 - 18:15
 • Pedro Castro Alves

Campeão europeu pelos dragões em 1987 fala de “uma vitória histórica” sobre a Juventus e apelida jogadores do Porto de “heróis”. Terceiro título da Liga dos Campeões “é possível”.

Paulo Futre, antigo jogador dos dragões, acredita que o FC Porto pode repetir os feitos de Viena e Gelsenkirchen e vencer a Liga dos Campeões porque, “quando entras nas melhores oito equipas da Europa, tudo é possível”.

“Depois de ver estes campeões ontem [terça-feira], como é que não vou ter esperança?”, questiona em Bola Branca. “Sou obrigado a sonhar que este FC Porto, dentro de cinco jogos, pode ser campeão da Europa”.

Futre acredita que a ausência de público pode ser favorável ao FC Porto nesta competição, uma vez que “a pressão vai estar mais do lado do ‘tubarão’” que, “se não tiverem o público para empurrar, é tudo mais difícil”.

Sobre o jogo da segunda mão dos oitavos de final da Champions, em Turim, frente à Juventus, Paulo Futre diz que foi um “feito histórico” pela forma como “se bateram, como lutaram”.

O antigo jogador explica que a expulsão de Medhi Taremi foi um momento-chave do encontro já que os colegas, “se fosse preciso, morriam dentro do campo”.

“Foi algo incrível, único, fiquei sem palavras e senti um enorme orgulho em ter jogado naquele gigante clube”, conta em entrevista à Renascença.

Campeão europeu pelo FC Porto em 1987, Paulo Futre compara o jogo de Turim com o encontro das meias-finais dessa época, frente ao Dínamo de Kiev. Na altura, o Porto venceu por 2-1 em Kiev.

“Vi aquela atitude, aquela mística, aquela raça e o suar sangue, como me ensinaram quando cheguei ao Porto”, lembra.

O próximo passo para a equipa de Sérgio Conceição são os quartos de final da Liga dos Campeões, onde Paulo Futre espera que os dragões não encontrem o “seu” Atlético de Madrid.

“Espero que não toque um FC Porto-Atlético de Madrid, para mim seria terrível. (…) Prefiro que seja só na final, pelo menos são só 90 minutos”, revela.