Os Estados Unidos desvalorizaram, esta quinta-feira, o anunciado alargamento para 11 membros do bloco de países emergentes conhecido como BRICS, afirmando que continuarão a trabalhar com os seus parceiros em todo o mundo.
Numa cimeira na África do Sul, os BRICS - que incluem a Rússia e a China, grandes rivais dos Estados Unidos - anunciaram que seis novos membros seriam admitidos no bloco a partir de janeiro, incluindo o Irão, outro dos adversários de Washington desde a Revolução Islâmica de 1979.
Os BRICS [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] integrarão em breve, além do Irão, a Argentina, Etiópia, Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes Unidos.
"Os Estados Unidos reafirmam a sua convicção de que os países são livres de escolher os seus parceiros e os grupos a que se juntam", disse um porta-voz do Departamento de Estado.
"Continuaremos a trabalhar com os nossos parceiros e aliados a nível bilateral, regional e multilateral para reforçar a nossa prosperidade partilhada e manter a paz e a segurança globais", acrescentou o porta-voz.
A Índia foi recentemente cortejada com insistência pelos Estados Unidos, que veem interesses comuns entre os dois países.
No próximo mês, Nova Deli acolherá a cimeira do G20, que reúne as grandes potências mundiais e as principais economias em desenvolvimento.
O conselheiro de segurança nacional de Joe Biden, Jake Sullivan, discutiu hoje a cimeira do G20 e o apoio à Ucrânia numa reunião na Casa Branca, com os seus homólogos alemão, britânico, francês e italiano.
As potências ocidentais esperam "resultados fortes" em Nova Deli, que "demonstrem o papel do G20 como o principal fórum de cooperação económica, impulsionando uma agenda positiva e ambiciosa para os países emergentes e em desenvolvimento", afirmou a Casa Branca em comunicado.