O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, veio a público, esta terça-feira, corrigir a Associação Zero e deixar também um aviso aos ambientalistas por causa dos números sobre a reciclagem de plástico em Portugal.
A associação ambientalista avançou, na Renascença, que Portugal tinha ficado aquém da meta em 2018, com uma taxa de reciclagem de 12%, mas o minsitro garante que se ultrapassou a meta europeia.
“Em 2018, foram colocadas no mercado 163 mil toneladas de plástico. Dessas, foram recolhidas para reciclagem 72300. Desculpem lá, esta divisão só tem um resultado, que, depois tornado em percentagem, dá 44,3%. O método que foi utilizado pela Zero, o valor que é colocado no denominador desta fração, inclui toda a quantidade de plástico dos resíduos urbanos e, simplesmente, não é assim que se calcula e, sobretudo, não é assim que se informa sobre a taxa de reciclagem”, disse Matos Fernandes, na cerimónia de assinatura do Pacto Português para os Plásticos.
De acordo com o ministro do Ambiente, este pacto vai permitir a Portugal ultrapassar a actual lei e mesmo as directivas comunitárias sobre a gestão de plásticos: "Nos próximos cinco anos, o plano é incorporar, em média, 30% de plástico reciclado das novas embalagens de plástico, que vai além da diretiva, que fala num valor intermédio entre 25 e 30, e garantir que 70% das embalagens plásticas são recicladas através do aumento, da recolha e, naturalmente, da própria reciclagem."
Matos Fernandes confirmou ainda que só a partir de março estarão em funcionamento no país as 23 máquinas que vão recolher garrafas e latas de alumínio no país, a troco de descontos e prémios.
Antes das declarações do ministro, a Sociedade Ponto Verde, através de um comunicado, tinha contestado os dados da Zero.