Os médicos de Saúde Pública defendem a criação de um balcão específico para atendimento de utentes sem literacia digital.
A ideia é defendida na Renascença por Gustavo Tato-Borges, no dia em que é divulgado um estudo que alerta que a transição digital na saúde está a excluir os idosos.
O trabalho, coordenado pela psicóloga Tânia Gaspar de Matos, defende que a digitalização dos dados de saúde da população é um caminho que tem de ser feito, mas sublinha a necessidade de serem adotadas medidas que integrem os mais velhos nesta dinâmica.
Para o presidente da Associação dos Médicos de Saúde Pública, "é preciso acautelar aquelas pessoas que não têm a mesma capacidade de atualização digital, aquelas pessoas com mais idade e que não estão habituadas a estes mecanismos".
Gustavo Tato-Borges lembra que estes utentes "não estão protegidos" e que, por isso, "o ideal seria que, nas diferentes unidades do SNS, houvesse um local, com um informático, onde as pessoas pudessem dirigir-se para serem atendidas pessoalmente para resolver a sua situação, que tem de ser feita de forma digital".