Para que todos os profissionais possam participar na marcha marcada para dia 8 de março, em Lisboa, a Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) decidiu decretar uma greve nacional para o mesmo dia.
O anúncio foi feito na página oficial da ASPE na rede social Facebook.
A ASPE indica que a "marcha branca" de homenagem à enfermagem não está a ser organizada pelos sindicatos, mas decidiu avançar para a marcação de um dia de greve geral "para facilitar a participação de todos os enfermeiros" no desfile.
A marcha tem sido divulgada também através das redes sociais pelo Movimento Nacional de Enfermeiros, que dizem que estes profissionais "continuam focados" em "demonstrar o verdadeiro papel do enfermeiro como agente fulcral na persecução de qualidade de cuidados de saúde para todos".
Coincidindo com o Dia da Mulher, a "marcha branca" pretende homenagear ainda "uma das figuras centrais da enfermagem", Florence Nightingale, enfermeira que no século XIX mudou o paradigma da profissão, tendo sido considerada pioneira no tratamento a feridos de guerra, durante a Guerra da Crimeia.
Entre os motivos que fundamentam a marcação da greve para dia 8 de março, a ASPE refere a "dignificação da profissão" e o descongelamento das progressões na carreira, um dos pontos que mantém em oposição sindicatos e Governo e que motivou já duas greves em blocos operatórios, uma delas em curso ainda em dez hospitais.
A ASPE é um dos dois sindicatos responsáveis pela convocação das duas greves cirúrgicas, já considerada ilegal pela Procuradoria-Geral da República.