Quase 80% dos portugueses com 65 anos ou mais e mais de metade dos profissionais de saúde em contacto direto com doentes já terão sido vacinados contra a gripe, segundo os dados da terceira vaga do vacinómetro.
De acordo com os dados, a que a agência Lusa teve acesso, 79,4% das pessoas com 65 ou mais anos estarão já protegidas contra a gripe, uma subida de 31,1 pontos percentuais relativamente à segunda vaga do vacinómetro, que monitoriza a vacinação contra a gripe durante a época gripal através de questionários.
A informação divulgada mostra igualmente que 77% dos portadores de doença crónica também se incluem no grupo dos vacinados contra a gripe, uma subida de 31,3 pontos percentuais em comparação com a segunda vaga do Vacinómetro 2022/2023 (45,7%). .
Para os profissionais de saúde (52,6%), a subida é de 19,3 pontos percentuais.
Quanto à cobertura vacinal das grávidas, subiu para 65,8%, segundo o vacinómetro, promovido pela Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) e pela Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), com o apoio da empresa biofarmacêutica Sanofi.
Em relação à população entre os 18 e os 59 anos de idade, o relatório mostra uma taxa de vacinação de 5,2%, uma subida de 1,7 pontos percentuais.
Já no grupo das pessoas que têm 80 ou mais anos, 86,2% já terão sido vacinados, sendo que 60,1% aderiram à vacinação por terem recebido uma notificação para agendamento pelo SNS.
Quanto aos doentes crónicos, terão sido vacinados 84,7% dos que têm diabetes e 81,2% dos que têm doença cardiovascular. No que se refere aos diabéticos, 47,9% vacinaram-se por recomendação do médico.
Do total de vacinados, 33,7% fê-lo por recomendação do médico, 29,5% porque foram notificados para agendamento pelo SNS, 22,2% no contexto de uma iniciativa laboral e 11,7% por iniciativa própria.
A informação para a terceira vaga do vacinómetro foi recolhida entre os dias 15 e 20 de novembro.
A vacinação contra a gripe, que teve início em setembro, é recomendável, segundo a Direção Geral da Saúde, para quem tem idade igual ou acima dos 65 anos, crianças com seis ou mais meses que apresentem patologias crónicas associadas, doentes crónicos, imunodeprimidos e grávidas, além dos profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados.