Os CTT lançaram esta quinta-feira uma coleção de selos dedicada à memória de cinco portugueses que ajudaram a salvar judeus durante o Holocausto levado a cabo por nazis.
Entre os cinco portugueses recordados nesta edição especial estão alguns nomes já bastante conhecidos, como Aristides de Sousa Mendes, que perdeu a sua posição enquanto cônsul português em França por ter insistido, contra as ordens do regime, em atribuir vistos a judeus que procuravam fugir do país, e o padre Joaquim Carreira, cujos esforços para salvar judeus em Roma, numa altura em que era reitor do Pontifício Colégio Português, foi reconhecido publicamente mais recentemente depois da publicação de uma investigação levada a cabo pelo jornalista António Marujo.
Os outros três portugueses retratados nesta série de selos emitido no âmbito do programa “Em Memória do Holocausto – Nunca Esquecer”, incluem dois embaixadores de Portugal em Budapeste. O primeiro, Sampaio Garrido, escondeu judeus na Legação Portuguesa e lutou pela sua libertação depois de estes terem sido capturados. Garrido foi sucedido no cargo por Alberto Teixeira Branquinho, que deu continuidade a este trabalho e conseguiu assegurar meio milhar de salvo-condutos para judeus húngaros que tinham familiares no Brasil ou em Portugal, incluindo nas antigas colónias.
Nos textos que acompanham a emissão destes selos lê-se que este é o “justo reconhecimento àqueles que devem constituir exemplo de vida, de cidadania e defesa dos Direitos Humanos”, em prol de “um mundo que se quer democrático e solidário, isento de discriminação, intolerância e ódio”.
Por fim, o quinto selo desta emissão especial consagra a memória de um imigrante português em França, casado com uma francesa, que acolheu e salvou uma menina judia durante a ocupação nazi, segundo o site “7 Margens”.