O limite para as novas regras das pensões é "a sustentabilidade da Segurança Social"
09-09-2022 - 23:20
 • Susana Madureira Martins

No novo formato do programa São Bento à Sexta, os líderes parlamentares do PS e do PSD debateram o pacote de medidas de combate à inflação e ambos abrem a porta a uma nova base de cálculo das pensões. Joaquim Miranda Sarmento mostra-se disponível para debater com o Governo uma "reforma estrutural da Segurança Social" e Eurico Brilhante Dias admite a necessidade de a prazo serem decididas novas medidas

Após uma pausa para férias, o São Bento à Sexta está de regresso com um novo formato de debate que conta com os líderes parlamentares do PS e do PSD. O socialista Eurico Brilhante Dias defende que mexer na fórmula de cálculo das pensões tem como limite a sustentabilidade da Segurança Social.

"Tem de ir até à sustentabilidade das pensões e da Segurança Social", admite o líder parlamentar do PS, para garantir que "em 2024 voltem a ser aumentadas, tranquilamente aumentadas, já agora".

O PSD já abriu a porta a uma "reforma estrutural da Segurança Social" e à revisão da base de cálculo das pensões, com o líder parlamentar social-democrata, Joaquim Miranda Sarmento, a referir que "há várias possibilidades em cima da mesa".

Sarmento afirma-se disponível para discutir com o Governo o modelo e só lamenta que o debate sobre a reforma da Segurança tenha começado com o anúncio de um "bónus" aos pensionistas que para o PSD se trata de um "corte" que não será reposto.

Durante o programa, Eurico Brilhante Dias não colocou de parte que a prazo seja necessário um novo pacote de medidas de combate à inflação. É preciso "saber que condições vamos ter em 2024" e depende da "análise que fizermos em 2023". O líder parlamentar socialista salienta que as condições objecticas do exercicio orçamental de 2023 são particularmente difíceis"

No debate entre os dois líderes parlamentares discutiu-se ainda a subida das taxas de juro de referência do BCE. Uma das hipóteses admitidas por Miranda Sarmento do PSD para responder a esta subida é fazer com que os juros das casas possam ser abatidos no IRS ou "bonificar os créditos das famílias com menores rendimentos".