Alegria e orgulho. A emoção tomou conta da vila alentejana de Campo Maior. A noticia chegou ao início da tarde: as Festas do Povo já são Património Cultural e Imaterial da Humanidade.
“O estado de espírito é de enorme alegria, o povo campomaiorense está de parabéns”, começa por dizer, emocionado, o autarca Luís Rosinha, em declarações à Renascença.
O presidente da Câmara de Campo Maior, entidade promotora da candidatura em conjunto com a Associação das Festas e a Entidade regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, considera que é “o reconhecimento de todos os têm trabalhado neste evento, ao longo de um século, e todos os que vão continuar a trabalhar nele”.
“Sentimos uma enorme alegria e um orgulho tremendo. As nossas festas foram, finalmente, reconhecidas a nível mundial, o que é uma enorme satisfação para o nosso povo”, acrescenta.
A notícia só era esperada na quinta-feira, uma vez que a análise da candidatura estava em sétimo lugar na ordem dos trabalhos do Comité do Património Mundial da UNESCO.
Foi, por isso, com surpresa que surgiu, já hoje, a boa noticia. “Temos estado sempre a acompanhar o evento e eis que surge a boa noticia, quando só esperávamos que fosse amanhã”, adianta o autarca. O que não interessa nada, perante este reconhecimento: “a partir deste momento as Festas do Povo são Património Cultural e Imaterial da Humanidade”.
Esta quarta-feira é, por isso, dia de celebração, ainda que contida. Vontade de realizar as festas não falta, até porque a última edição aconteceu em 2015, mas por causa da” situação pandémica no concelho”, Luís Rosinha não se pode comprometer “com eventos de larga escala”.
Ainda assim, fica a certeza de que “hoje, todos festejaremos à nossa maneira e assim que possível festejaremos todos juntos”.
O mais importante foi conseguido, “a certificação, o reconhecimento e esse é o nosso orgulho”, sublinha o presidente do município.
Acho que em todas as casas dos campomaiorenses, hoje tocarão as pandeiretas e as famosas saias”, assegura Luís Rosinha.