A tragédia em Valência impede que muitos cidadãos prestem, neste 1 de novembro, a homenagem aos familiares e amigos que já partiram. Estão limitadas as visitas a um dos principais cemitérios da cidade, devido a um alerta emitido pela Comunidade Valenciana, realizando-se apenas as cerimónias fúnebres previamente programadas.
O número de mortes em Espanha devido às inundações subiu para 205, continuando dezenas de pessoas desaparecidas, segundo o mais recente balanço das autoridades espanholas.
Trata-se de uma das catástrofes naturais mais graves dos últimos 75 anos em Espanha, ultrapassando as inundações de Biescas (Huesca) em 1996, com 87 mortos, e as inundações de Turia em 1957, em que morreram entre 80 e 100 pessoas.
Cerca de 23.000 pessoas continuam sem fornecimento de eletricidade na província de Valência, depois de mais de 132.000 pessoas terem sido afetadas desde quarta-feira. Mais de duas dezenas de geradores foram ligados em diversas localidades afetadas, como Alborache, Alfafar, Buñol, Cheste, Chiva, Quart de Poblet, Montroi, Real, Siete Aguas, Torrent e Utiel, estando em curso trabalhos de restituição do fornecimento de eletricidade.
Várias regiões de Espanha estão desde terça-feira sob a influência de uma “depressão isolada em níveis altos”, um fenómeno meteorológico conhecido como DANA em castelhano e como DINA em português.
O fenómeno causou chuvas torrenciais e ocorrências em diversos pontos de Espanha, sobretudo na costa do Mediterrâneo.
A região mais afetada foi a Comunidade Valenciana, no leste do país, com chuvas com níveis inéditos.