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Marcelo Rebelo de Sousa criticou, este domingo, a falta de clareza das medidas da Direção-Geral de Saúde para a organização da Festa do Avante.
"Não é bom para quem organiza, esta indefinição de regras, e não é bom em geral para a credibilidade que é fundamental, neste momento", disse o Presidente da República, durante uma visita a Monchique.
"Estamos no meio de uma pandemia, que tem tido altos e baixos. Ultimamente, os valores têm subido. Mais do que noutras ocasiões, impunha-se que se soubesse com antecedência as regras do jogo. Neste momento não se sabe", acrescentou o chefe de Estado.
A cinco dias da realização do evento, não é ainda conhecida a versão final das regras para o festival anual do Partido Comunista Português (PCP). "Isso preocupa-me e penso que não é um bom augúrio a esta distância", defendeu.
Questionado pelos jornalista sobre a posição que defendia face a um possível cancelamento do festival, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que se “limitou a lamentar o facto de estarmos a cinco dias e não conhecermos as regras”.
Na conferência de imprensa da última quarta-feira, Graça Freitas adiantou que que já estavam acertadas uma série de orientações para a realização do festival e que, havendo acordo entre as partes, seriam divulgadas.
Contactada pela Renascença, a organização da Festa do Avante primeiro respondeu que não estava prevista a divulgação de qualquer relatório. Mais tarde, o PCP enviou um comunicado às redações em que defende que “cabe à DGS dar a conhecer os relatórios, pareceres ou outras reflexões que tenha produzido, esteja a produzir ou venha a produzir”.
“O PCP não reclamando tratamentos de excepção, mas rejeitando veementemente quaisquer atitudes e decisões discricionárias e arbitrárias, prosseguirá a preparação da Festa do Avante garantindo as medidas de protecção e prevenção sanitária que permitam a todos os visitantes usufruí-la em condições de segurança”, lê-se no mesmo comunicado.
Já na quinta-feira, durante a conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, Mariana Vieira da Silva foi, também, questionada a propósito da divulgação do documento da Direção-Geral da Saúde com as orientações para a Festa do Avante.
Também a ministra de Estado e da Presidência remeteu todas as responsabilidade para a DGS.
Enquanto não são conhecidas as normas de segurança, mais de 40 comerciantes da zona envolvente à Quinta da Atalaia, na freguesia de Amora, Seixal, optaram por anunciar o encerramento dos seus estabelecimentos durante a Festa do Avante!, por “precaução” e para “mitigar o risco” de contágio pelo novo coronavírus.
"Há que relativizar" os números da pandemia no Algarve
O Presidente da República acredita que o aumento de novos casos na região algarvia não justifica "uma inversão da última decisão do Reino Unido".
Para Marcelo Rebelo de Sousa o número de infeções no Algarve é "residual, em termos nacionais."
A imprensa britânica anunciou, no sábado, uma possível saída de Portugal do corredor aéreo do Reino Unido.
"Infelizmente, Portugal está a voltar rapidamente para a zona vermelha. O Governo português está a preparar o estado de contingência a partir de 15 de setembro. Muito provavelmente será adicionado à quarentena do Reino Unido a 5 de setembro. A Grécia agora está âmbar. Itália tem os casos a aumentar mas ainda continua no verde", escreveu no twitter o antigo jornalista da BBC e atual líder de empresa de consultadoria de turismo, Paul Charles.
[Em atualização]