A economia portuguesa cresceu 2,7% no ano passado, atingindo cerca de 179,2 mil milhões de euros em termos reais, aproximando-se assim do valor que tinha em 2010, antes da crise económica.
Nos dados divulgados esta quarta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) confirma os dados que tinha divulgado na estimativa rápida há quinze dias: a economia portuguesa cresceu 2,7% no conjunto de 2017 e no último trimestre desse ano avançou 2,4% em termos homólogos e 0,7% em cadeia.
Com o crescimento de 2,7%, o Produto Interno Bruto (PIB) atingiu 179.172,9 milhões de euros em termos reais (excluindo o efeito da inflação), aproximando-se assim dos 179.444,8 milhões de euros que valia em 2010, o ano anterior ao pedido de ajuda financeira.
Recorde-se que a economia encolheu até aos cerca de 167,2 mil milhões de euros em 2013, recuperando desde 2014 em cada um dos anos, aproximando-se em 2017 do valor que tinha antes do programa de ajustamento.
No crescimento de 2,7% do PIB no conjunto de 2017, o INE destaca o contributo da procura interna, que aumentou 2,9 pontos percentuais, "devido sobretudo à aceleração do investimento", que cresceu 8,4% em 2017 (0,8% em 2016), enquanto o consumo privado avançou 2,2% (2,1% em 2016).
O consumo público, que diz respeito às despesas de consumo final das Administrações Públicas, abrandou, crescendo apenas 0,1%, quando em 2016 tinha avançado 0,6%.
A procura externa líquida registou um contributo negativo de 0,2 pontos percentuais, verificando-se uma aceleração das exportações, de 4,4% em 2016 para 7,9% e das importações, de 4,2% para 7,9% em 2017, segundo o INE.
A taxa de desemprego anual de 2017 recuou para 8,9%. Em outubro de 2017, quando elaborou o Orçamento do Estado para 2018, o Governo estimava que a taxa de desemprego no ano passado ficasse em 9,2%. Em 2016 a taxa tinha ficado pelos 11,1%.